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Queda-de-braço

Olavo de Carvalho

Jornal do Brasil, 27 de novembro de 2008

Joseph Farah, o editor do WorldNetDaily, diz que só três razões podem explicar a operação-sumiço montada para sonegar ao público os documentos de Barack Hussein Obama: ou o sujeito nasceu mesmo no Quênia e não quer confessar que é inelegível, ou tem alguma outra coisa a esconder, ou o que pretende é vergar a espinha da nação americana, mostrando aos quatro ventos que ele, o ungido do destino, está acima da Constituição, das leis, do direito à informação e da honra nacional. Para mim, está claro que esta última hipótese, independentemente da veracidade ou não das outras duas, não é uma hipótese: é uma certeza absoluta. Ela não expressa o que Obama “pretende” fazer, mas o que ele já está fazendo. Apresentar-se em público com uma biografia cheia de inconsistências e recusar sobranceiramente qualquer explicação, qualquer prova, qualquer documento, já é um exagero de petulância como raramente se viu. Se Obama fizesse isso tão-somente como escritor ou como figura do show business, já seria um caso de autolatria megalômana pelo menos inquietante. Mas fazê-lo no instante mesmo em que postula o cargo máximo, extorquindo do eleitorado um voto de confiança baseado na fé cega, isto a mera demência não explica. Há aí um plano, um método, um maquiavelismo embutido.

Se as metas declaradas da presidência Obama são nebulosas e contraditórias, a lógica tácita das suas ações é bem nítida, e mais evidente ainda se torna com a presença maciça de clintonistas na sua equipe de governo. Trata-se de prosseguir fielmente a obra destrutiva de Bill Clinton, inspirada na fórmula de Scott Talbot: fomentar com dinheiro dos contribuintes americanos o crescimento de potências concorrentes e debilitar o poder militar, econômico e diplomático dos EUA, vendendo a rendição ao “multilateralismo” como se fosse coisa do mais alto interesse nacional, ao mesmo tempo que, na política interna, se aumenta o controle do Estado sobre a vida dos cidadãos e se diluem as defesas culturais do país numa poção alucinógena feita de lixo politicamente correto.

O maior obstáculo à dócil inserção dos EUA na nova ordem globalista é a Constituição americana. Por isso tipos como Obama ou Al Gore jamais falam dela sem rosnar entre dentes e deixar entrever sua intenção de fazê-la em pedaços. Mas mudar a Constituição, sem mais nem menos, seria uma temeridade. É preciso criar a atmosfera cultural e psicológica que torne a mudança aceitável. O método clássico de fazer isso é impor a desobediência ostensiva como rotina banalizada, desde as classes altas, dessensibilizando o público mediante a negação peremptória de que algo de anormal esteja acontecendo. É precisamente o que o Partido Democrata fez ao longo de toda a campanha. Por essa razão antevi que, mesmo se perdesse as eleições, Obama sairia vencedor na queda-de-braço com a Constituição: imunizado pela chantagem racial e pela adulação descarada da mídia, ele não apenas foi dispensado do mínimo de transparência a que nenhum candidato antes dele ousara se furtar, mas até a cobrança trivial de uma prova de identidade da sua parte passou a ser tratada como um insulto racista e um sintoma de paranóia, enquanto seus opositores, culpados até prova em contrário, eram forçados a explicar-se, com testemunhas e documentos, até sobre detalhes irrisórios da sua vida pessoal. A campanha de Obama acanalhou e corrompeu o sistema eleitoral americano a tal ponto que os próprios conservadores, temerosos de admitir a realidade do descalabro, viraram os olhos e sacramentaram por omissão a normalidade do absurdo. Enquanto discutiam as propostas e perigos de uma possível presidência Obama, tornaram-se cegos para a conduta presente do candidato, que, sem palavras, já punha essas propostas em execução com uma prepotência avassaladora e uma força irreversível. Quando a fé na solidez das instituições se torna um pretexto para não defendê-las do perigo real e imediato, é precisamente porque essa solidez já não existe senão como pretexto.

Um patife notável

Olavo de Carvalho

Jornal do Brasil, 16 de outubro de 2008

Como John McCain andasse falando da ligação entre Barack Obama e o terrorista William Ayers, foi imediatamente acusado pela grande mídia de instigar ódio ao candidato democrata e até de expor o pobrezinho a risco de assassinato.

Mas o verdadeiro pecado de McCain é o de ater-se a esse episódio menor e omitir os pontos altos da carreira de um dos patifes mais notáveis de todos os tempos:

1. Os estudos de Obama em Harvard foram pagos por Khalid al-Mansur, agitador racista que prometeu aos brancos americanos “o maior banho de sangue de toda a História” e é representante nos EUA do príncipe saudita Alwaleed bin Talal, que celebrou o 11 de setembro como castigo divino (www.newsmax.com/timmerman/obama_harvard_/2008/09/23/133199.html).

2. Obama, embora o negue com veemência, foi comprovadamente instrutor de ativistas na Association of Community Organizations for Reform Now (Acorn). A principal atividade da Acorn era intimidar bancos para forçá-los a dar empréstimos a seus militantes, em geral insolventes, plantando assim as sementes da crise bancária que eclodiu semanas atrás. A Acorn retribuiu os serviços prestados, distribuindo milhares de títulos de eleitor falsos para fortalecer a votação de Obama (v. www.clevelandleader.com/node/7203, www.lvrj.com/news/30613864.html e http://news.yahoo.com/s/ap/20081009/ap_on_el_ge/voter_fraud).

3. Várias vezes a presidência da República pediu ao Congresso uma lei que parasse a farra dos empréstimos na empresa Fannie Mae. Obama foi contra e já recebeu mais de cem mil dólares de contribuições de Fannie Mae, cujo executivo Franklin Raines, demitido por desvio de verbas, é hoje seu assessor econômico (v. http://nmorton.wordpress.com/2008/09/16/barack-obama-fannie-mae-lobbyists-second-favorite-senator). O deputado obamista Harry Reid diz que mencionar esses fatos é racismo.

4. Entre 2006 e 2007, Obama fez campanha, nos EUA e no Quênia, em favor do candidato presidencial queniano Raila Odinga, e continuou a apoiá-lo mesmo depois que Odinga, derrotado, mandou matar mil de seus adversários e queimar oitocentas igrejas cristãs, pelo menos uma com gente dentro. A sangueira só estancou depois que um acordo nomeou Odinga primeiro-ministro. O repórter do WorldNetDaily, Jerome Corsi, enviado ao Quênia para estudar o episódio, foi preso pela polícia local e forçado a voltar aos EUA (v. www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=77877). Qualquer semelhança com operação-abafa é mera coincidência.

5. A campanha obamista já recebeu mais de três milhões de dólares em contribuições ilegais do exterior (v. http://apnews.myway.com/article/20081008/D93M0K5G0.html). Enquanto McCain publica meticulosamente todas as quantias recebidas, seu adversário não publica nada, nem uma linha.

6. Mas a maior fraude de Obama talvez seja a sua candidatura mesma, que já recolheu 450 milhões de dólares em contribuições, um recorde histórico. Intimado pelo advogado Philip Berg a mostrar o original da sua certidão de nascimento para provar que é cidadão nativo dos EUA (condição sine qua nonpara poder candidatar-se à presidência), Obama, por duas vezes, preferiu esquivar-se mediante complexos artifícios jurídicos, confirmando indiretamente a suspeita de que não tem mesmo o documento. Para piorar as coisas, o candidato também se omite de mostrar seus registros médicos e seu histórico escolar, enquanto McCain fornece na hora todos os documentos solicitados. Berg, que tem 31 anos de militância democrata e já foi procurador do Estado da Pensilvânia, assegura que a cópia eletrônica da certidão de Obama, reproduzida no site oficial da campanha, é falsa (e aliás parece mesmo). A avó do candidato assegura que ele não nasceu no Havaí como diz, e sim no Quênia, onde ela mora. Vejam tudo na página de Berg, www.obamacrimes.com: 25 milhões de pessoas já viram, e mais dia menos dia o escândalo, trabalhosamente abafado até agora, vai estourar.

Vocês não leram nada disso na Folha, no Estadão e no Globo? Eu também não.

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