E-mail de L. B.

28 de abril de 2000

Senhor Olavo de Carvalho,

É um grande prazer poder falar com o senhor. Depois que tomei contato com um artigo de sua autoria, na Revista Bravo!, passei a procurar por mais informações a seu respeito. Qual não foi minha surpresa ao descobrir que o senhor dispõe de uma homepage? Confesso que me flagrei, a um só tempo, satisfeito e muito surpreso. Explico-lhe, a seguir, a razão de minha surpresa. As primeiras vezes que li seus artigos, logo imaginei se tratar de um grande espírito erudito. Bastou que um curto período de tempo passasse para que eu constatasse minha hipótese. A erudição, a clareza de idéias e o tom incisivamente polêmico de suas ponderações levaram-me a crer se tratar de um intelectual do nível de um José Guilherme Merquior, por exemplo. Não lhe comparo a ele, pois qualquer tentativa neste sentido seria por demais descabida. Contudo, chamou-me a atenção dois traços comuns aos dois: a erudição e o ardor pela polêmica. Estou enganado a esse respeito? Pois bem, passei a freqüentar o site que abriga seus textos, lendo muitos de seus artigos e algumas anotações sobre episódios daquilo que generosamente poderíamos qualificar de “nossa vida filosófica”. Novamente, notei a valiosa dimensão de sua obra.

Alguns comentários de sua autoria deixaram-me um tanto perplexo. Refiro-me, por exemplo, a nota que fizera ao artigo “Marilena Chauí: a segunda excomunhão de Espinosa”. Seria necessário o emprego do termo “peido”, para aquilatar as observações de Marilena? Não seria esta uma maneira muito pouco polida de iniciar um debate? Não imagine o senhor que tomei as dores desta professora. Tenho cá profundas divergências como ela, contudo cumpre lembrar que o mútuo respeito seria altamente proveitoso para elevar o nível de qualquer contenda, dentro e fora, do meio acadêmico. Chamou-me também a atenção os comentários, profundamente agressivos, que fizera sobre os professores Carlos Nelson Coutinho, Luis Sérgio Henriques e Marco Aurélio Nogueira. Notei um certo tom de molecagem quando o senhor mencionou que os três deveriam comemorar o aniversário de Gramsci sem se irritar com o senhor…. Creio que os professores acima mencionados sejam dignos do maior respeito. Além de serem pioneiros nos estudos sobre Gramsci no Brasil, são pessoas cuja postura democrática já ficou provada tanto nos anos em que o país vivia seu regime de exceção, quanto no presente.

O senhor poderá imaginar que estou lhe escrevendo para tomar satisfação sobre sua postura. Não se trata disso, em absoluto. Mesmo porque, sou seu admirador. Gostaria apenas de lhe propor uma reflexão acerca de sua conduta no trato com seus eventuais interlocutores. Espero que entenda minhas intenções.

Voltemos a falar sobre a maneira com a qual conduz seus debates… Creio que erudição e, se me permite o uso do termo, truculência não sejam adjetivos complementares. Aliás, seria de supor que à erudição fosse necessário a companhia da elegância, da polidez. Talvez um bom exemplo de intelectual polêmico e elegante seja Antonio Candido. Imagino que o senhor conheça a elegância com a qual ele sempre tratou seus adversários, políticos e intelectuais, durante o longo tempo que se dedicou ao debate público. Não me recordo de um fato sequer em que este grande intelectual tenha preterido a finesse e a elegância. Mesmo quando debatia com figuras adeptas de um certo ranço autoritário, como é o caso de Miguel Reale. Lembro ao senhor que nem mesmo em sua juventude – época em que os homens são mais impetuosos – lograra o uso de termos depreciativos e vulgares. Cito a esse respeito, sua contenda com Oswald de Andrade nos anos quarenta…

Agora, mudando um pouco de assunto, creio que o peso de certas colocações de sua autoria seja excessivamente inadequado. Aqui gostaria que me respondesse, se possível, a seguinte questão: no debate intelectual qualquer uma das partes envolvidas pode “provar” alguma coisa? O termo provar é adequado quando tratamos dos temas versados pelas Ciências Humanas e pela Filosofia? Creio, em minha humilde opinião, que não! Em Filosofia não se prova nada, apenas é possível refutar, contradizer certas colocações. Não se trata, como poderia o senhor imaginar, de uma discussão semântica, mas categorial. Não concorda? Gostaria muito de saber sua opinião, sobretudo porque vi um comentário seu que me chamara a atenção: “lhes provarei por a mais b que gramscismo é totalitarismo”. Como o senhor pretendia “provar” isso? Não seria mais conveniente dizer: “posso mostrar que, em certo sentido, gramscismo pode estar associado a totalitarismo”?

Caro Olavo, sou seu admirador e muito me afligiria que tomasse minhas palavras como uma provocação. Minha intenção não é essa. Gostaria que respondesse a esse e- mail – o que, muito me agradaria.

Deixo-lhe um grande abraço e aguardo, ansiosamente, por suas considerações.

L. B.

Resposta de Olavo de Carvalho

Prezado amigo,

Muito obrigado pela sua mensagem e pela maneira gentil com que se refere a meus escritos, malgrado a perplexidade que eles lhe causam. Essa perplexidade é natural, porém ela se atenuaria bastante se, em vez de medi-los pelo padrão dos escritores citados em sua carta, você os aferisse pelos meus modelos. A obra de um escritor, afinal, deve ser avaliada pelo que ele está tentando fazer, não pelo que os outros, com ou sem razão, acham que ele deveria fazer. Meus mestres de estilo, para a parte polêmica de meus escritos, foram Tertuliano, São Bernardo de Clairvaux, William Hazlitt, Léon Bloy, Georges Bernanos e Camilo Castelo Branco. São autores muito pouco freqüentados pela nossa intelectualidade acadêmica, a qual, por falta de repertório, escolhe seus modelos no jornalismo da moda, impondo assim, pela repetição fácil, um padrão de polidez fingida que acaba por passar como o único modo elegante e aceitável de escrever. São Bernardo, pregando do alto do púlpito – uma situação de discurso que me permito considerar um tanto mais solene do que um bate-boca entre acadêmicos -, dizia: “Os pregadores esforçados são como os bois que puxam o arado. Os preguiçosos vêm atrás e comem a bosta dos bois.” O dr. Antônio Cândido, que é homem fino, jamais escreveria uma coisa dessas. Por isto mesmo São Bernardo converteu multidões, enquanto o dr. Antônio Cândido só consegue nos mostrar o quanto é chique ter uma alma vacilante.

Não é de espantar que, contrastado ao modelo pó-de-arroz, o estilo de qualquer um que escreva desde a medula de sua pessoa deva parecer “truculento”. No entanto esta palavra, que já se tornou um chavão entre meus desafetos acadêmicos para qualificar meus escritos, e que nâo sem certo automatismo você emprega com o mesmo fim, é obviamente inadequada ao objeto que busca circunscrever, e denota em quem a usa – nâo me leve a mal – apenas a falta de domínio do vocabulário. Um escrito nâo pode ser truculento sem um certo pathos emocional que falta completamente às produções deste jocoso e pedagógico escriba. O que essas criaturas querem dizer no fundo é que tais escritos as assustam, mas, como não fica bem confessar temor ante a simples demonstração de verdades óbvias, recorrem ao clássico expediente dos covardes orgulhosos, que é medir a periculosidade da ameaça pelo tamanho do pavor que lhes infunde, em vez de graduar este por aquela como o fazem as almas dotadas de uma quota normal de valentia e serenidade. Nessa ótica torta e subjetivista, não há meio de distinguir entre a contundência de uma prova e a truculência do puro insulto: não podendo refutar a primeira, fingem-se de alvos do segundo, transferindo a discussão da esfera dos fatos para a das boas maneiras, onde se sentem mais a salvo. Dizer que pessoas capazes de recorrer a esse tipo de subterfúgio são “intelectuais dignos de respeito”, caro amigo, é ter uma concepção bem mesquinha do que sejam intelectualidade, dignidade e respeito.

Se fosse preciso definir com poucas palavras a maneira que adoto nos meus escritos jornalísticos – pois há outros, que requerem outras artes -,eu diria que são antes desconfortáveis ou inquietantes, na medida em que mesclam, às vezes na mesma frase, estilos e tons diversos, passando com a maior sem-cerimônia da fala nobre e solene dos juristas antigos ao deboche grosso dos humoristas populares e sambistas, da melodia sutil ao estridor das dissonâncias bárbaras (coisa que aprendi com o meu amado e idolatrado Heitor Villa-Lobos) ou fazendo mil e um outros arranjos que os doutores cândidos jamais fariam, e que faço no preciso intuito de habituar o leitor ao duplo jogo da fala e das coisas, em cuja apreensão intuitiva reside metade, não menos, da arte de aprender: de um lado, a fala é o caminho para a verdade e deve simbolizar, no seu corpo mesmo, os movimentos da mente que se interroga entre luzes e sombras, movimentos que não são jamais lineares como a demonstração lógica que ex post facto recapitula e celebra a consistência dos resultados obtidos; de outro lado, a verdade não se identifica jamais por completo com a fórmula verbal que a veicula, e o escritor, tendo sempre de deixar a parte final do serviço a cargo dos dons intuitivos do leitor, deve preparar bem o terreno para o lance decisivo, seja por meio daquelas longas oposições dialéticas que afiam a lâmina da inteligência, seja – quando não há espaço para isso, como nos artigos de jornal – por meio de paradoxos verbais que, de maneira compactada e simbólica, façam a mesma coisa. (Explico essa técnica na apostila Debates e provas, que o amigo encontrará nesta mesma homepage.) Eis como, no exíguo espaço do mais desprezível dos gêneros literários, se pode deixar in nuce um leque de demonstrações latentes insinuadas, fazendo da crônica jornalística, em vez da opinião solta que ela habitualmente é, o prefácio ou resumo de aulas e tratados, de modo que, pelo simples ruído longínquo das máquinas que se aproximam, o adversário pressinta o exército de tratores que passaria em cima de suas pobres objeções se ele tivesse – como geralmente não tem – a coragem de publicá-las. E eis a raiz da falsa – ou, em certos casos, fingida – impressão de truculência: o leitor pego em flagrante delito de falsa consciência já se sente de antemão esmagado, e, não sabendo bem explicar a si mesmo as razões de seu desconforto (pois num primeiro instante a apreensão das provas implícitas é apenas semiconsciente), busca um alívio postiço apegando-se à primeira palavra mágica que lhe pareça ter o poder de, xingando o farmacêutico, neutralizar o efeito do remédio. Mas ôôô, coitado! Quando o sujeito se entrega a esse impotente arremedo de exorcismo, é o meu feitiço que já está operando dentro de sua alma, forçando-a a assimilar aos poucos a verdade que rejeitara no primeiro impacto. Muito poucos, quando se completa o processo, têm unidade de consciência bastante para recordar como começou. Daí que aqueles que mais bufam de indignação ou se contorcem em caretas de afetado desprezo ante meus escritos sejam os primeiros a repeti-los, com outras e bem mal disfarçadinhas palavras, meses ou anos depois. Isto já se tornou rotina. Na verdade, não me ofende que, para aceitar o que aprenderam comigo, tenham de atribui-lo a si mesmos. Um professor nada poderia ensinar se não fizesse alguma concessão ao orgulho pueril dos alunos mais bobos.

Eis também como, pela simples variação do estilo, se pode habituar o leitor de boa vontade a aceitar a verdade independentemente da expressão verbal que a reveste, com a condição de que ele tenha imaginação bastante para saber que a escolha de um estilo pode ter razões que a etiqueta desconhece. É só tomando o estereótipo vigente como medida e padrão que se pode tentar caracterizar o meu estilo mediante o apelo a chavões como “agressivo”, “desrespeitoso” etc., categorias que se aplicam antes ao julgamento de trabalhos de classe em escolas primárias do que a uma conversa sobre literatura séria, onde as exigências da polidez banal devem ceder lugar a considerações mais altas. Se há de fato critérios em que minha escrita jamais aspirou a enquadrar-se, são aqueles da literatice bem-educadinha que nos anos 50 as nossas letras pareciam ter definitivamente superado graças à “truculência” de autores como José Lins do Rego, Jorge Amado e Nelson Rodrigues, e que hoje voltam a imperar com toda a força dos mandamentos politicamente corretos, chamando a polícia quando um escritor simplesmente transpõe para o gênero ensaístico e filosófico a liberdade de estilo já consolidada na literatura de ficção. E se algo poderia me deprimir ao ponto de fazer naufragar o respeito que sinto por mim mesmo enquanto escritor, seria constatar no meu jeito de escrever alguma semelhança, mesmo remota, com aquilo que nos manuais de redação jornalística e nas rodas do esquerdismo chique, especialmente uspiano, se tem na conta de bom-tom. Vade retro, Satana! O bom-tom, caro amigo, é péssimo juiz literário. Foi o apego ao bom-tom que fez Voltaire tapar suas delicadas narinas ante a “truculência” (sic) das peças de Shakespeare, predizendo que muito em breve seriam esquecidas pelo público… Note, de passagem, que o termo “truculência” não é totalmente descabido para descrever Titus Andronicus, por exemplo, e que as regras de polidez literária em que Voltaire se escudava para proferir esse julgamento eram genuínos padrões de elegância enobrecidos por uma venerável tradição literária (leia por exemplo Buffon), e não aquele receituário de inibições e macaquices que faz as vezes de elegância entre os Tonton Macoute do jornalismo nacional. Pois nem assim Voltaire acertou.

Já outros pontos de sua carta não necessitam dessas explicações para ser respondidos, porque repousam em simples erros de observação. Por exemplo, sua pergunta sobre se o uso da palavra “peido” para qualificar certas declarações de D. Marilena Chauí não seria “uma maneira muito pouco polida de iniciar um debate”. A resposta é: seria, sim. Mas no caso eu não estava iniciando nada, e sim respondendo a um insulto. Essa senhora, confessando nada conhecer de minha obra e de minha pessoa, me havia qualificado de “cafajeste”. Ninguém apela a tão pesado adjetivo sem ser movido pela raiva, e, se respondo a esse hidrófobo insulto com o meu cálculo do valor relativo dos peidos humanos e símios, quem saiba ler com sensibilidade há de notar que, em vez de dar o troco na mesma moeda, oponho à fúria histérica de minha atacante um imperturbável senso de humor. Nesse e nos casos análogos, quem quer que me chame de “raivoso” está apenas projetando sobre os meus escritos a reação mórbida que eles suscitam nas pessoas de maus bofes.

Na verdade, no caso não havia debate nenhum. Se houvesse, ele teria começado com o meu escrito “Lógica da mistificação, ou: O chicote da Tiazinha”, o qual demonstrava mediante rigorosa análise de texto o caráter mistificatório de certas exposições de D. Marilena. Em vez de responder ou corrigir-se, D. Marilena preferiu dizer que não me conhecia e no mesmo ato provar, por sua explosão de raiva, que me conhecia perfeitamente bem.

Quanto aos srs. Carlos Nelson Coutinho, Luis Sérgio Henriques e Marco Aurélio Nogueira, nem é certo dizer que enquanto intelectuais “sejam dignos do maior respeito”, nem que “sua postura democrática já ficou provada”. Nenhum gramsciano pode ser digno de respeito na esfera intelectual, desde que o próprio Gramsci reduz a atividade intelectual à propaganda revolucionária e quem se presta a isso rebaixa a inteligência em geral – e a sua em particular – ao mais infame dos papéis. Ideologia é prostituição da inteligência: poses auto-dignificantes e badalação na mídia não mudam isso em nada. E não há “postura democrática” nenhuma em pessoas que, reunindo-se às dezenas para fazer a beatificação coletiva do seu ídolo pela internet, se furtam ao debate quando desafiados por um oponente solitário e ainda fazem trejeitos de dignidade ofendida quando ele lhes propõe uma simples troca de links entre as respectivas homepages, que é a coisa mais democrática do mundo. Democrático sou eu, que mesmo não retribuído coloquei na minha página um link para a deles.

Não, meu amigo, não se iluda com a fala mansa daqueles que dominam o meio acadêmico e o subjugam a ambições políticas. Eles podem falar manso porque sua fala não é expressão de sua realidade pessoal, e sim disfarce para encobri-la. O prof. Antônio Cândido, enquanto falava manso em público, não deixava de conspirar, em petit comité, para sufocar a voz de seus desafetos na tribuna uspiana. Parafraseando Theodore Roosevelt, o lema dessa gente é: Speak softly and carry a big stick.

É verdade que Antônio Cândido foi educadíssimo ao discutir com Miguel Reale na imprensa. Mas para quê ser grosseiro com o adversário, quando se pode boicotá-lo pelas costas e ainda fazer bonito aos olhos da multidão? Muita gente se deixou, no caso, iludir pela aparência. Parece que você também.

Em contraste com a máscara democrática das palavras a encobrir o autoritarismo das ações, Miguel Reale sempre foi duro ao falar dos esquerdistas, porém lhes manteve inalteravelmente aberta, ao longo de quarenta anos, a tribuna da sua Revista Brasileira de Filosofia, certamente a única, dentre as grandes revistas de cultura do Brasil, que soube merecer por inteiro o qualificativo de “pluralista”.

Mais absurdo ainda é que, ao enaltecer o tratamento polido que o prof. Cãndido deu a seu adversário, você ainda insinue que isso foi até demasiada honra para alguém que carregava o “ranço autoritário” de Miguel Reale. É isso o que eu chamo raciocinar por estereótipos da mídia, sem levar na mínima conta a realidade dos fatos.

O único “ranço autoritário” que se pode atribuir a Miguel Reale é a sua participação juvenil no integralismo, um movimento que, por mais imbecil que nos pareça hoje, sempre agiu de maneira honrada e conservou as mãos limpas de qualquer cumplicidade em ações tirânicas, tendo sido antes vítima de repressão brutal e tendo partido dele, aliás, o primeiro protesto brasileiro contra a perseguição aos judeus na Alemanha.

Não é vergonha nenhuma ter sido integralista. Vergonha é ter sido comunista. Vergonha é ter pertencido a um movimento que, após sofrer sob a ditadura Vargas perseguições idênticas às que sofreram os integralistas, ainda teve o descaramento de se tornar cúmplice de seu próprio algoz.

Eu, pelo menos, me envergonho do meu passado comunista, e contra o integralismo nada tenho a alegar exceto o pecado de babaquice.

Quanto à participação de Reale no movimento de 1964, leia, investigue, estude os atos dele como secretário da Justiça em São Paulo ou como reitor da USP, bem como as contribuições dele à legislação federal, e diga onde, como, quando esse homem atentou contra alguma das liberdades democráticas fundamentais.

“Ranço autoritário” é um chavão de fácil efeito, a que muita gente recorre quando não tem nada a dizer contra personagens que lhe desagradam.

Por fim, devo dizer que sua objeção contra as provas em filosofia ou em ciências humanas é apenas a repetição ingênua de outro chavão. Muitas coisas foram provadas, positivamente, ao longo de vinte e quatro séculos de filosofia. Porém mais numerosas ainda são as cabeças que as desconhecem e as bocas que repetem o que elas dizem. Se deixo esta discussão para outra ocasião e lugar, é porque nesta mesma homepage você encontrará lugares e ocasiões bastantes para comprovar o que digo.

Com meus melhores votos,

Olavo de Carvalho

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