A criatividade de um escritor ou filósofo resiste bem à pobreza, à doença, à perseguição religiosa ou política, e até à solidão, mas não ao assédio maciço da estupidez insolente que se exibe. É como o tesão: nada o abate, exceto a véia dos gatos mostrando a bunda.
Odeio esses arranjos musicais jazzísticos, em que o pianista dilui a melodia em floreios sem fim, só para mostrar que sabe tocar. Minha reação é sempre:
— Eu sei que você sabe tocar, então toque logo em vez de ficar ensebando, filho de uma puta.
O lutador que só é desafiado por fracotes corre o risco de começar a se encher de cerveja em vez de caprichar no treinamento.